Velhice tagged posts

Amor – 2012 – Arilson Favareto

FILME IMPERDÍVEL – AMOR: Se aquela “carroça de sentimentos liberais puxada a cavalo” que é o filme Intocáveis ganhou o Oscar (a expressão é tomada de empréstimo mas cabe), Amor, de Haneke (o mesmo diretor de A Fita Branca) deveria ganhar umaa baciada de estatuetas. Já ganhou a Palma de Ouro, que é mais importante. Um dos melhores filmes vistos na minha vida. Poderia se dizer que é um soco no estômago, um chute nas partes baixas, e seria verdade.  Mas é sobretudo uma das mais belas expressões de Humanismo. Lembra a delicadeza dos filmes do Bergman, lembra os mais angustiantes trechos de Camus. Absolutamente tudo no filme é ao mesmo tempo belo e triste, agudo e sensível. O filme trata do amor na decrepitude, do ocaso da vida. Na primeira cena o filme já anuncia o que ele é...

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Elsa e Fred – 2005

Algumas pessoas falam que sentir-se velho é um “estado de espírito”, outros “que se trata apenas de um fator biológico”. Bobbio nos diz que o idoso vive ‘de’ e ‘em função’ das lembranças e que o tempo da memória corre em contraposição ao tempo real, ou seja, a vivência torna-se mais presente nas lembranças. A filósofa francesa Simone de Beauvoir traça um quadro realista e trágico em relação aos idosos e a nossa sociedade: “é um segredo vergonhoso e um assunto proibido”. A velhice reflete-se também na existência social, bem como na questão da sexualidade do indivíduo. O filme Elsa e Fred leva-nos a reformular alguns pré-juízos referentes a uma suposta velhice assexuada...

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