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Sartre e o cinema: crônica de um fracasso anunciado – Julio Cabrera

Como é sabido, Sartre tentou várias vezes aproximar-se do cinema. Em 1931, Simone De Beauvoir disse: “Havia um modo de expressão que Sartre colocava quase tão alto como a literatura: o cinema”. Na sua estada no Brasil em 1960, Sartre considerou o cinema mudo como “uma maravilhosa escola de compreensão, hoje desaparecida”. Desde “Les jeux sont faits”, de Jean Delannoy, de 1947, até “Le mur”, de Serge Roullet, de 1967, passando pelo “Os condenados de Altona” de Vittorio de Sica, de 1962, diversos textos de Sartre foram levados para o cinema. Grandes nomes do cinema (como John Huston, Vittorio Gassman, De Sica) estiveram ligados a alguns destes projetos, mas não adiantou, nenhum deles acabou num filme memorável. O amor de Sartre pelo cinema não foi correspondido.

A mi...

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Elsa e Fred – 2005

Algumas pessoas falam que sentir-se velho é um “estado de espírito”, outros “que se trata apenas de um fator biológico”. Bobbio nos diz que o idoso vive ‘de’ e ‘em função’ das lembranças e que o tempo da memória corre em contraposição ao tempo real, ou seja, a vivência torna-se mais presente nas lembranças. A filósofa francesa Simone de Beauvoir traça um quadro realista e trágico em relação aos idosos e a nossa sociedade: “é um segredo vergonhoso e um assunto proibido”. A velhice reflete-se também na existência social, bem como na questão da sexualidade do indivíduo. O filme Elsa e Fred leva-nos a reformular alguns pré-juízos referentes a uma suposta velhice assexuada...

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